Homenagens

O Polo Cultural tem o prazer de anunciar uma série de homenagens a figuras icônicas do cenário literário brasileiro durante o festival. Será uma oportunidade única de celebrar a memória e a contribuição de pessoas que deixaram um legado marcante para a literatura brasileira.

Homenageados

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Sérgio Vaz

Sérgio Vaz é reconhecido como um dos principais nomes da cultura periférica no Brasil, e sua trajetória completa 35 anos em 2023. Além de ser reconhecido como o poeta da periferia, Sérgio é também um agitador cultural e criador da Cooperifa e do Sarau da Cooperifa, onde transformou um bar da periferia de São Paulo em um centro cultural. Na sua trajetória, realizou um trabalho que influenciou a criação de vários saraus e a publicação independente de mais de 100 livros. Reconhecido e premiado, também desenvolve o Projeto Poesia Contra a Violência, incentivando a leitura e a criação poética nas escolas. Sua atuação também se estende ao universo do rap, colaborando em discos como Sabedoria de Vida, GOG, 509-E, Di Função, Versão Popular, Periafricania, entre outros.
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Plínio Marcos

Plínio Marcos de Barros foi um autor revolucionário que deixou sua marca na história do teatro brasileiro. Com um enfoque quase naturalista, ele realizou uma revolução dramatúrgica ao retratar as situações e diálogos cortantes de personagens das camadas sociais periféricas, transformando o palco em uma arena de luta contra o subdesenvolvimento. Sua obra enfrentou censura e proibições, mas Plínio jamais cedeu, tornando-se um "autor maldito". Apesar das dificuldades, ele continuou a escrever e encenar peças, abordando temas como a opressão, a solidão e a busca pela libertação. Além de seu talento como dramaturgo, Plínio também se destacou como ator e roteirista, deixando um legado importante para o teatro e o cinema brasileiros.
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Cida Saldanha

Cida Saldanha é uma figura excepcional no mundo dos livreiros, trabalhando com literatura há mais de 35 anos. Sua paixão pelos livros a acompanha desde criança, quando devorava avidamente as obras do Círculo do Livro e sonhava em ter sua própria banca de jornais. Os livros tornaram-se cada vez mais presentes em sua vida desde que ela começou a trabalhar como vendedora na Livraria Kairós, há quase quatro décadas. Sua trajetória é marcada pelo encantamento e pela descoberta constante de novas obras que cativam sua imaginação. Sua dedicação e amor pelos livros são evidentes em cada conversa, em cada recomendação feita aos leitores ávidos que buscam suas orientações. Cida é um verdadeiro tesouro do mundo dos livros, uma guardiã incansável da literatura cuja contribuição para a difusão da cultura e para a disseminação do prazer da leitura é inegável.
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Gita K. Guinsburg

Gita K. Guinsburg esteve na fundação da Perspectiva em 1965 e ajudou a consolidar a editora como uma referência nas Ciências Sociais no Brasil, assumindo sua direção depois da morte do marido, Jacó Guinsburg. A exemplo da trajetória de Jacó, Gita também seguiu carreira acadêmica na USP, onde se aposentou como professora, e a sua formação em física e matemática levou para o catálogo da Perspectiva títulos relacionados à filosofia da ciência e ao positivismo lógico. Gita é conhecida por sua visão editorial arrojada, trazendo para o público brasileiro obras de autores consagrados e também de novos talentos, contribuindo para o enriquecimento do panorama literário nacional. Seu trabalho incansável e seu compromisso com a cultura e a literatura renderam a Gita Guinsburg um respeito e admiração sem precedentes no mundo editorial brasileiro.

Novas Impressões

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Sony Ferseck

Sony Ferseck, também conhecida como Wei Paasi, é uma escritora e editora brasileira de origem Makuxi. Nascida em 1988, Sony sempre buscou reconectar-se com seu povo, também conhecido como o Império de Wei. Durante seus estudos de Letras na Universidade Federal de Roraima, em 2010, ela decidiu empreender uma jornada de reencontro com as comunidades indígenas em Roraima, junto com professores pesquisadores. Como neta de Wei, a ancestral sol, Sony encontra inspiração em sua cultura, desde a modelagem da mãe primordial do clã Makunaima até a produção de alimentos e a tintura de tecidos nas festas tradicionais. Em 2019, fundou a Wei Editora, dedicada a financiar e publicar obras de artistas indígenas. Sony também é autora de dois livros de poesia: "Pouco Verbo" (2013) e "Movejo" (2020). Seu amor pela cultura Macuxi e seu desejo de reencontro com seu povo permeiam sua escrita e suas realizações.
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PC Marciano

PC Marciano é ator, roteirista, produtor audiovisual, escritor e ativista cultural. Morador de Heliópolis, o artista procura exercer suas atividades artísticas e culturais dentro de sua comunidade. No seu início, Marciano teve dificuldades para entrar no competitivo mercado editorial com o seu primeiro livro, intitulado “Melissa”. Desse obstáculo nasceu uma grande ideia: criar uma gráfica popular e acessível para publicar sua obra e também incentivar outros escritores talentosos com a oportunidade de materializar suas ideias em livros. No primeiro ano, a Editora Gráfica Heliópolis superou as estimativas previstas e lançou mais de 50 títulos de autores periféricos, e segue fazendo um trabalho consistente de publicação e divulgação de novas vozes. PC Marciano acredita que todos, sem exceção, são capazes de se expressar através da arte, e seus projetos tentam viabilizar esses sonhos.